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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Sobre Ética e Crença... Relação Buinívoca?




Debate com um amigo sobre a velha relação biunívoca entre Ética e Crença...

Sua inteligência me instiga... Sempre lembrando ser um debate honesto, baseados em argumentos e sobre idéias... Fiquei rindo, do lado de cá do mundo, rsrsrsrs; porque só faltou você dizer que o dito professor 'era ateu e era ético', rsrsrsrsrsrs...  Na verdade eu inverteria toda a questão... Ou seja, a solidariedade é amplamente mais difundida em países minoritariamente religiosos... Ou seja, eu diria que existem pessoas religiosas que também podem ser éticas, rsrsrsrsrs... ‘Religiosas’ neste ponto, remete - em minha abordagem - às religiões abraâmicas e ‘produtos derivativos’... Os livros sagrados são terríveis... É um fato... Encontrar aspectos elevados é uma raridade... Comece pelo Gênesis e vá em frente... Sou um ex-crente, e ostento com certo orgulho, um profundo conhecimento bíblico - fundamento e história - e não existem valores legítimos de nenhuma ordem... É realmente uma desgraça atrás da outra, imperando a essência do Código de Hammurabi: ‘Olho por olho, dente por dente’... A inspiração da Jihad Islâmica está no Antigo Testamento... E trata-se de um negócio... Mas, se empunhando tal manual prático de matanças e intolerância 'é possível ainda assim ser ético', será uma tarefa difícil... Mas aposto as minhas fichas de que a maioria realmente está á deriva por absoluta falta de opção... Como no meu caso... Pessoas de bem, que querem viver uma boa vida, mas estão intoxicadas de religião por todos os poros...

Religião é um negócio, o rabinato e a vida eclesiástica são profissões... E temos aí entidades de classes... Seu benefício terapêutico, por tudo que já foi dito, é bem improvável... Um aspecto extremamente complicado é a negociação da salvação pela oração e submissão... No caso judaico e islâmico, a obediência sega a regras absolutamente alucinadas e atrasadas... Mas desconstruir uma tremenda história maluca e sem pé nem cabeça, não garante ética... A ética não veio de livros sagrados... Fechar os livros sagrados não definirá sua conduta ética, nem garantirá uma vida satisfatória... Mas é um excelente começo... Deixar os amiguinhos invisíveis, as fadas, e os deuses e demônios pra trás, é um bom começo para a maturidade humana e humanizada...

Finalmente não entendo o ‘pastor ateu’... Ateísmo é um rótulo estranho, ‘não acreditar em deuses’... E para piorar, parece com uma doença infecto-contagiosa: ‘o paciente tem paludismo e ateísmo... Está ferrado’... Não acreditar em deuses pressupõe ser impossível ensinar sobre deuses... Ou não? Pastores, pastoreiam o rebanho de ovelhinhas, e existe um propósito... Levá-las o paraíso... E existe um preço... Em espécie... Ser ateu, como já expliquei não é outra religião, assim como não colecionar selos não é outra coleção... Não ter um time de futebol não é outro time... É a simples desistência de professar certo rito... Não existem pastores ateus...

Vivo em mundo natural, sujeito às leis naturais, e compreendo a vida um pouco mais todos os dias, e posso mudar abruptamente ou gradativamente, dependendo apenas da possibilidade de entender melhor... E sem reservas de domínio... Isso em nada se assemelha a uma religião... Vivo de dúvidas, e a religião vive de certezas... Alimento-me de dúvidas... E avanço em minhas dúvidas somente, sempre, e quando, existem evidência e provas... Isso me distancia mais ainda de qualquer crença... Pastor ateu, é como um ‘colecionador de selos que não coleciona nada’... É um clássico ‘reductio ad absurdum’..

Um forte abraço...

Carlos Sherman

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