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segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Profissão: Professor...


Fernanda, reflita melhor sobre toda esta 'vitimologia'... Viaje mais, o Brasil é um país do planeta terra, jovem e em desenvolvimento, nem mais nem menos desigual... Aliás, em termos de desigualdade sugiro que conheça a Índia e a China, e assim terá conhecido a realidade de 1/3 da população da terra... O Brasil tem está posicionado na metade das escalas em todos os indicadores sociais como GINI, IDH, renda per capita, índice de analfabetismo, mortalidade infantil e expectativa de vida... Lembrando que existem 193 países no mundo... Nem melhores nem piores, mas com viés de alta, em todos os sentidos... E distante de onde gostaríamos de estar, mas a história é um processo contínuo... Sobre professores e educação, não existe o tal sacerdócio na profissão e, 'sim', infelizmente é verdade que muitos abraçam a causa em função da falta de alternativas... Existem como em todas as áreas excelentes profissionais, medianos, ruins e péssimos... No ensino fundamental, por 'n' fatores, a balança pesa desfavoravelmente, o curso normal à muito deixou de atender às novas demandas do mundo, e durou demais... Demoramos a modernizar a profissão, e a transição é lenta e gradual... 

Já lecionei em escolas públicas, e escolas paupérrimas, e fiz este trabalho sem receber remuneração, de forma voluntária... E tenho filhas que estudaram no Dante e hoje estudam na USP e na UFSCar - sendo uma delas adotada e que viveu a transição do sistema público para o privado, com requintes de adversidade... O ENSINO é um assunto sério, e existem parâmetros sérios e consistentes, não podemos de forma alguma transformar este papo em uma cruzada em favor de nenhum dos dois 'supostos' lados - alunos e professores... Não existe tal disputa... 

O que precisamos debater de forma consequente, são as questões pertinentes à administração do ensino, a questão pedagógica e metodológica, a formação e remuneração de PROFISSIONAIS, e a questão disciplinar... A educação deve vir de casa... O seu caso particular, admiração ou idolatria com respeito aos 'mestres' é só uma visão pessoal... E este debate só pode ser empreendido, seriamente, por pessoas devidamente capacitadas, e preferivelmente versadas em Neurociência e Genética... Nem culpados nem inocentes, mas 'humanos, troppo umanos'... O homem não é produto exclusivo do meio, e na verdade o meio tem participação coadjuvante... Não existe uma dualidade corpo-alma ou corpo-mente, e não habitamos um corpo... Nós somos um corpo... E finalmente, e diretamente, a doutrina do bom selvagem está furada... Não precisamos retornar ao passado para encontrar nenhum tipo de 'essência', nem a razão reside necessariamente com a minoria, os pobres, os incapacitados... Devemos incluir a todos, mas escolher os rumos a seguir sem o vetor 'vitimológico'... Tais questões inequívocas, e familiares a tão poucos que estarão lendo estas mal fadadas linhas, devem estar na base de uma política pública de ensino... No Brasil, e no mundo... De certa forma, por total desconhecimento de como a mente funciona, temo que estejamos batendo na mesma e equivocada tecla há muito tempo... 

Por fim, 'somos quem somos sem intencionar sê-lo', e durma com mais essa... Mas somos... O ensino pode necessitar particularizações... Somos únicos, e somos sem intencionar ser... Isso irrompe na discussão dos consensos disciplinares... E por aí vai... Sem conclusões, mas apenas ressaltando que este tema é para profissionais, maduros e atualizados, e não se trata de uma questão de crença, nem da defesa de bandeiras, nem de considerações 'achológicas'... 

Dito e feito, e abraços a todos...

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