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sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Sobre Riqueza, Pobreza, Despeito, Falácias e Hipocrisia




Publicaram o enunciado:

"Não preciso me cercar de quem é rico, prefiro quem é nobre."

Objetei:

Sobre Riqueza, Pobreza, Despeito, Falácias e Hipocrisia

Por quê? Não precisar 'cercar-se de ricos' não implica em 'preferir pobres' - não necessariamente... E isso seria um tremendo preconceito, além de uma demonstração cabal de despeito, e para deixar barato, uma prova de imaturidade... Na verdade, riqueza e pobreza não definem uma boa companhia... Esta é a falácia rousseauliana do 'bom selvagem', da boa minoria, do bom discriminado, do bom pobre, do bom idoso... Não procede... 

Devemos julgar um argumento por sua consistência e nunca pela condição social, sectária, ou pela antiquidade do autor do enunciado... E reconhecemos amigos quando reconhecemos uma boa testemunha para nossa existência, independente de sua conta declaração do imposto de renda... 

Eu adoraria a companhia de Bertrand Russel, e desprezaria a companhia de um humilde devoto do evangelho quadrangular... Eu apreciaria a companhia do paupérrimo Sócrates, mas desprezaria qualquer contato com o bilionário Edir Macedo...  

O pior de tudo isso, e que reforça a falácia do 'bom selvagem', é que a frase original fala em 'nobreza', e não em pobreza...

"I do not need to surround myself with those who are rich, who is rather noble. Not who wins my admiration sets a price, but who cultivates values!" - autor desconhecido

'Noble' é completamente diferente de 'poor'... Estas traduções equivocadas são na realidade um distorção proposital... Triste destino...

Carlos Sherman

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